Nada a ver com biblioteconomia e formação do leitor. Fiquei com vontade de compartilhar meu esforço diário em consumir de forma mais consciente. É uma gota no oceano - talvez eu até me equivoque em algumas escolhas - mas me dedico para fazer a diferença. A questão que tem me perturbado é a realização de testes em animais para avaliação de risco dos produtos. Cara, torturar um ser vivo para fazer batom, cigarro, ou qualquer porcaria supérflua, é no mínimo irracional. Li no site do PEA os testes mais comuns que realizados em animais e me senti mal (http://www.pea.org.br/crueldade/testes/#Os Testes Mais Comuns). Então comecei a fazer algumas trocas - que pesam no meu bolso, é verdade - mas sinto a importância de fazê-lo. É um tema "modinha", mas de extrema relevância.
Tenho me guiado pelo próprio PEA para escolher os produtos do dia-a-dia (rezando que esta instituição não seja comprada por nenhum empresa para divulgações falsas ou que tenha mecanismos para verificar se realmente as empresas não "utilizam" animais).
Sabonetes - substituí os que usava, Johnson's, Protex e o Rexona, pelo Granado. Uso no corpo todo.
Sabão em pó - substituí o Omo pelo Tixan Ype.
Desodorante - Assim que acabar meu frasco de Rexona vou experimentar utilizar leite de magnésia.
Shampoo - deixei de utilizar o Pantenne (Unillever) para utilizar o OX ou Phitoervas.
Maquiagem: depois dos 30, passei a sentir necessidade social do uso de maquiagem, ainda que seja pouca: batom, rímel e lápis. Não compro mais AVON. Comprei Mary Kay por desconhecer que fazia testes. A partir de agora só Natura e O Boticário.
Protetor solar - descobri há pouco que o meu preferido faz testes em animais, o Anthelios. Terei que substituí-lo.
Hidratante - uma colega sugeriu usar óleo de coco - sim, aquele que se usa em preparo de alimentos - mas ainda não experimentei. Diz que tem um cheiro acentuado, mas que vai sumindo após a aplicação.
Estas foram escolhas minhas, mas pesquisando dá para identificar muitas outras marcas que utilizam métodos mais modernos de testagem, sem utilizar animais.
Tenho estado atenta também com o uso de embalagens. Não compro mais em supermercados onde, para pesar mais de um item do hortifruti temos que usar saquinhos, ou que venham em bandejas de isopor. Compro nas vendinhas perto de casa onde coloco tudo num cestinho e peso no caixa. Além da questão ecológica, tem a questão social: consumindo de pequenos comerciantes/produtores.
Sempre que há a possibilidade de escolha, seleciono produtos com menos embalagem. Deixei de comprar desinfetante em litro, pra comprar os superconcentrados, cuja embalagem é mínima.
O saco para o lixo orgânico tem sido o meu desafio: não uso mais sacolinhas de supermercado, mas é muito difícil encontrar sacos biodegradáveis. Só localizei possibilidade de comprar na Leroy Merlin, da marca Emba Lixo. O site deles é bem legal, trás bastante informação sobre questões de lixo: http://www.embalixo.com.br/novo/?tipo=6.
Cada um que reflita sobre o seu consumo, sua reais necessidades, que faça as suas pesquisas e que consuma o que estiver ao seu alcance.