sábado, 29 de agosto de 2015

Consumo Consciente

Nada a ver com biblioteconomia e formação do leitor. Fiquei com vontade de compartilhar meu esforço diário em consumir de forma mais consciente. É uma gota no oceano - talvez eu até me equivoque em algumas escolhas - mas me dedico para fazer a diferença. A questão que tem me perturbado é a realização de testes em animais para avaliação de risco dos produtos. Cara, torturar um ser vivo para fazer batom, cigarro, ou qualquer porcaria supérflua, é no mínimo irracional. Li no site do PEA os testes mais comuns que realizados em animais e me senti mal (http://www.pea.org.br/crueldade/testes/#Os Testes Mais Comuns). Então comecei a fazer algumas trocas - que pesam no meu bolso, é verdade - mas sinto a importância de fazê-lo. É um tema "modinha", mas de extrema relevância.

Tenho me guiado pelo próprio PEA para escolher os produtos do dia-a-dia (rezando que esta instituição não seja comprada por nenhum empresa para divulgações falsas ou que tenha mecanismos para verificar se realmente as empresas não "utilizam" animais). 

Sabonetes - substituí os que usava, Johnson's, Protex e o Rexona, pelo Granado. Uso no corpo todo.
Sabão em pó - substituí o Omo pelo Tixan Ype.
Desodorante - Assim que acabar meu frasco de Rexona vou experimentar utilizar leite de magnésia. 
Shampoo - deixei de utilizar o Pantenne (Unillever) para utilizar o OX ou Phitoervas.
Maquiagem: depois dos 30, passei a sentir necessidade social do uso de maquiagem, ainda que seja pouca: batom, rímel e lápis. Não compro mais AVON. Comprei Mary Kay por desconhecer que fazia testes. A partir de agora só Natura e O Boticário. 
Protetor solar - descobri há pouco que o meu preferido faz testes em animais, o Anthelios. Terei que substituí-lo.
Hidratante - uma colega sugeriu usar óleo de coco - sim, aquele que se usa em preparo de alimentos - mas ainda não experimentei. Diz que tem um cheiro acentuado, mas que vai sumindo após a aplicação.
Estas foram escolhas minhas, mas pesquisando dá para identificar muitas outras marcas que utilizam métodos mais modernos de testagem, sem utilizar animais. 

Tenho estado atenta também com o uso de embalagens. Não compro mais em supermercados onde, para pesar mais de um item do hortifruti temos que usar saquinhos, ou que venham em bandejas de isopor. Compro nas vendinhas perto de casa onde coloco tudo num cestinho e peso no caixa. Além da questão ecológica, tem a questão social: consumindo de pequenos comerciantes/produtores.
Sempre que há a possibilidade de escolha, seleciono produtos com menos embalagem. Deixei de comprar desinfetante em litro, pra comprar os superconcentrados, cuja embalagem é mínima. 
O saco para o lixo orgânico tem sido o meu desafio: não uso mais sacolinhas de supermercado, mas é muito difícil encontrar sacos biodegradáveis. Só localizei possibilidade de comprar na Leroy Merlin, da marca Emba Lixo. O site deles é bem legal, trás bastante informação sobre questões de lixo: http://www.embalixo.com.br/novo/?tipo=6.

Cada um que reflita sobre o seu consumo, sua reais necessidades, que faça as suas pesquisas e que consuma  o que estiver ao seu alcance. 


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Acerca do motivo para escrever este blog

              Saí da graduação de Biblioteconomia da UFRGS e minha primeira oportunidade de trabalho foi em uma escola. A famigerada biblioteca escolar. Raros são os alunos de graduação que desejam trabalhar neste tipo de biblioteca. Por que? Talvez por serem as que oferecem os menores salários; talvez pelo medo de trabalhar com crianças; talvez por se considerarem sem perfil para atividades como "Hora do Conto" - como se esta fosse a única ação para incentivar a leitura. Enfim, citei estas pois eram as minhas próprias questões. 
             Mas a situação que trago é que se chega neste tipo de biblioteca com a missão heroica de formar leitores, de incentivar a leitura, mas ninguém dá a receita de COMO fazer. (Além, é claro, de não perdermos de vistas todas as outras missões da biblioteca escolar, como desenvolver a autonomia na busca por informação, dar a conhecer e selecionar as diversas fontes, ensinar a normalizar trabalhos escolares, atender as demandas de toda a comunidade educativa em tudo o que se refere à informação.)
         Até o 5º ano do Ensino Fundamental as turmas tem horário fixo de biblioteca. Neste horário, tradicionalmente, se oferece a Hora do Conto como atividade lúdica de incentivo à leitura. A partir do 6º ano, o horário de biblioteca some do currículo. Mas a biblioteca continua com a sua missão de formar leitores. Mas, COMO FAZER? Lembrem-se; são pré-adolescentes e jovens! Grande desafio!
           Por isso me propus a escrever este blog! Como tive a oportunidade de fazer a Especialização sobre formação de leitores (UERGS) que me guiou por onde começar, me mostrou possibilidades de COMO FAZER, resolvi compartilhar com os colegas estas experiências de trabalho. Eu gostaria de ter tido umas "receitinhas" logo que assumi esta responsabilidade.
          Não vou trazer teoria, embora possa indicar algumas leituras, já que de busca por fontes de informação os colegas bibliotecários compreendem bem.
            Mas, desde já faço um apontamento: não existe o trabalho do bibliotecário dentro da escola sem a parceria e o apoio dos professores e da coordenação pedagógica. Estas são as pessoas de referência. Não precisa ser o professor de Língua Portuguesa ou de Literatura, mas com eles pode ser mais fácil. Obs.: sobre esta questão ler: "LER e escrever: compromisso de todas as áreas. "

Incentivo à leitura e formação de leitor - escolha do texto

           Acredito na ideia que para incentivar a leitura, para encantar um (futuro)leitor, seja necessário que o mediador esteja encantado pelo texto que será apresentado. Sempre que vou escolher um texto para ser trabalhado, escolho os que me tocam e, que imagino que possam tocar os estudantes também de alguma forma. 
         Digo estudantes pois faço atividades de incentivo à leitura e de formação de leitor com estudantes da educação básica. E só consigo fazê-lo porque trabalho em parceria com a professora de Língua Portuguesa, que não só sede o espaço para as atividades de leitura como também interage agregando conhecimentos e fazendo "links" com informações já dadas em aula. Nós duas acreditamos nesta semente que mês a mês vamos plantando.
          Então, sobre a escolha do texto: são sempre os que me encantam. Eles são apresentados antecipadamente para a professora que se apropria da proposta de trabalho. Os textos escolhidos são sempre textos abertos, polissêmicos, que permitem trabalharmos a livre interpretação; que permitem percorrermos juntos as pistas deixadas pelo autor para responder as inquietações, os questionamento que brotam após a leitura. Normalmente os estudantes ficam tão mexidos que eles mesmos começam a perguntar, a fim de tentar compreender o texto lido, e se conectam com outras perguntas que as mediadoras de leitura lançam.

domingo, 19 de outubro de 2014

Formação do Leitor

Não sei como eu poderia ser uma bibliotecária de escola do ciclo fundamental sem ter passado pelo curso de pós-graduação lato sensu da UERGS, Teoria e Prática da Formação do Leitor. Primeiro porque a graduação em Biblioteconomia passa a km de distância da literatura, e este curso é ministrado, em sua maioria, por professores de Letras. É bom perceber nossas práticas profissionais pelo ponto de vista de profissionais de outra formação. Segundo porque chegamos ao campo de trabalho com as ideias das velhas práticas pedagógicas de "utilizar" a literatura para trabalhar conteúdos programáticos; de sempre associar a leitura de um texto a atividades pedagógicas. Estas são práticas que matam o leitor! Literatura é acima de tudo arte e deve ser contemplada como tal.
Com todos os problemas que a universidade do Estado do RS enfrenta, pela visível falta de investimento e sucateamento, tenho a dizer que este curso foi o "pulo do gato". Me transformou como profissional. Aos poucos vou postando experiências e reflexões a respeito da formação do leitor, em especial do leitor de literatura, baseado nas teorias trabalhadas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Modelo Vivo

A Casa de Cultura Mário Quintana (POA/RS) oferece oficina de Modelo Vivo, todas as quinta-feiras, das 14 às 17 horas. É uma oficina livre, sem instrutor, onde os participantes experimentam suas potencialidades artísticas livremente, sem (ou com) academicismo. Não é preciso ser artista para participar, apesar de conhecidos e novos nomes das artes plástica gaúcha darem seus ares por lá, como Hilda Mattos, Gamarra e Rodrigo Plentz. Há uma troca muito interessante de experiência entre os participantes. O público é bem variado e só não é maior em função do horário que é oferecido. Uma vez por ano é realizada uma exposição dos trabalhos.
Eu passei por lá, mesmo sem ser uma artista, e aí ao lado está um dos meus desenhos. O modelo é o Gustavo.

Para quem não sabe desenhar, dá uma certa vergonha e um pontinho de frustração quando se vai as primeiras vezes na oficina. Mas o desenho é uma habilidade que se desenvolve com a prática. Se este desenho não está bom, é preciso ver como ficaram os primeiros! Desenhar é um grande prazer. O braço vai ficando cada vez mais solto, o instrumento menos apertado conta o papel, e o traço vai dando forma ao objeto representado, como num ballet.