Acredito na ideia que para incentivar a leitura, para encantar um (futuro)leitor, seja necessário que o mediador esteja encantado pelo texto que será apresentado. Sempre que vou escolher um texto para ser trabalhado, escolho os que me tocam e, que imagino que possam tocar os estudantes também de alguma forma.
Digo estudantes pois faço atividades de incentivo à leitura e de formação de leitor com estudantes da educação básica. E só consigo fazê-lo porque trabalho em parceria com a professora de Língua Portuguesa, que não só sede o espaço para as atividades de leitura como também interage agregando conhecimentos e fazendo "links" com informações já dadas em aula. Nós duas acreditamos nesta semente que mês a mês vamos plantando.
Então, sobre a escolha do texto: são sempre os que me encantam. Eles são apresentados antecipadamente para a professora que se apropria da proposta de trabalho. Os textos escolhidos são sempre textos abertos, polissêmicos, que permitem trabalharmos a livre interpretação; que permitem percorrermos juntos as pistas deixadas pelo autor para responder as inquietações, os questionamento que brotam após a leitura. Normalmente os estudantes ficam tão mexidos que eles mesmos começam a perguntar, a fim de tentar compreender o texto lido, e se conectam com outras perguntas que as mediadoras de leitura lançam.
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